Conta de luz em julho: entenda por que o valor não deve baixar

Nossa, eu sei bem como é aquela sensação de esperar ansiosa que a conta de luz venha mais baixinha no mês seguinte — principalmente depois de passar um mês com a bandeira vermelha fazendo a gente sofrer. Eu também fiquei de olho no céu, torcendo para aquela chuva boa chegar, sabe? Parece que todo mundo tinha a mesma esperança de que julho traria um pouco de alívio. Quem não queria voltar à situação normal, pagando só o que consumiu, sem sustos.

Pois é, mas a novidade não foi o que a gente queria ouvir. Não teve reza para São Pedro que desse jeito, pelo menos por enquanto. A decisão da Aneel foi clara: a bandeira vermelha vai continuar acesa em julho, sim. Ou seja, não tem trégua na conta de luz por mais um tempinho. Dá até um desgosto olhar a fatura e saber que, antes mesmo de usar, ela já vem mais salgada.

Agora, segure firme mais um mês, porque o motivo é aquele velho conhecido: a chuva não deu as caras e os reservatórios das hidrelétricas continuam baixos. A gente sente no bolso, infelizmente.

Por que a chuva pesa tanto no valor da nossa luz?

Parece conversa de previsão do tempo, mas a falta de chuva mexe mesmo com o valor da nossa energia. Aqui no Brasil a maior parte da eletricidade vem das hidrelétricas, que dependem da água dos rios cheia, aquela abundância toda que só a chuva traz. Quando os reservatórios estão cheios, a energia fica mais barata e limpa.

Quando a chuva falha — que é o que vem acontecendo ultimamente — o nível dos reservatórios vai caindo e o governo aciona as termelétricas. Sabe aquelas usinas que queimam gás, carvão, óleo? Então, são elas. O problema é que produzir eletricidade desse jeito custa bem mais caro e ainda polui muito mais. No final, todas nós acabamos pagando a diferença.

Na prática, não importa se você é super cuidadosa ou se já virou ninja da economia, todo mundo sente o impacto dessa conta a mais no final do mês. Aqui em casa mesmo, a gente já fez mil ajustes, mas não tem jeito, se a fonte é mais cara, todo mundo paga o pato.

O valor do “castigo”: quanto essa conta mais alta pesa, de verdade?

Se você é do tipo que gosta de entender tudinho, vamos lá. As bandeiras tarifárias são como um termômetro do preço da energia. Em julho, seguimos com a famosa Bandeira Vermelha – Patamar 1. Traduzindo: a cada 100 quilowatts-hora que você consome, você vai pagar R$ 4,46 extra.

Só para situar, funciona assim:

  • Bandeira verde: aqui é o sonho, não tem custo extra, só o consumo mesmo.
  • Bandeira amarela: a cobrança sobe R$ 1,88 a cada 100 kWh.
  • Bandeira vermelha 1: essa que estamos agora, mais R$ 4,46.
  • Bandeira vermelha 2: se a situação piorar, prepare, porque são R$ 7,87 a mais a cada 100 kWh. Dá até arrepio só de pensar.

Quem já recebeu a fatura pesada sabe o susto que dá. E nessas horas, qualquer coisinha que ajude a baixar um pouco está valendo, né?

Dá para escapar disso? E como economizar de verdade?

Nenhuma de nós tem superpoder para escapar da bandeira, isso é fato. Mas reduzir o estrago na conta todo mês é possível, sim. Além de bater no bolso, energia mais cara mexe no preço de muita coisa: do mercado ao ponto de ônibus, afinal, tudo acaba ficando mais caro.

Então, economizar energia virou sobrevivência financeira mesmo, não só aquele papo de cuidar do planeta (apesar de ajudar muito também). Olha só algumas táticas simples que fazem diferença — testadas e aprovadas aqui em casa e por muita gente:

  • O chuveiro elétrico é o campeão do gasto. Se der, diminua o tempo no banho e coloque na posição verão. Aqui, eu sempre falo: ninguém precisa virar pinguim, mas menos minutos embaixo d’água ajudam bastante.
  • Aqueles aparelhos que ficam só com a luzinha vermelha ligada? Pois é, são verdadeiros vampiros de energia. Se não está usando, tira da tomada. Acho que todo mundo já esqueceu um carregador plugado à toa, né?
  • Durante o dia, aproveite o máximo da luz natural. Abre a janela, deixa o sol entrar, usa varal para secar roupa ao invés de secadora. Parece pequeno, mas no fim do mês esse hábito faz diferença.

São os pequenos cuidados no dia a dia que ajudam a gente a sentir menos esse peso mensal. No fundo, a gente sabe: cada economia é um respiro a mais quando chega aquela fatura tão temida.