Foi chamado para um IPM? Veja como garantir uma boa defesa no Inquérito Policial Militar

Se você — ou algum colega de farda — foi chamado para um IPM, é normal bater aquele baque inicial. Mas antes de tirar conclusões, é importante entender o que está acontecendo e como se proteger desde o começo. Aqui você vai entender como funciona o IPM, o que ele representa e, principalmente, como garantir uma defesa sólida desde o primeiro passo.

IPM é a sigla para Inquérito Policial Militar. É uma investigação interna que ocorre quando há suspeita de crime militar. O IPM serve para apurar os fatos antes de qualquer processo judicial. Só depois dessa apuração é que se decide se o caso será arquivado ou levado à Justiça Militar. A investigação é conduzida por um oficial, geralmente um tenente ou capitão, que vai ouvir testemunhas, reunir provas e avaliar o que realmente aconteceu.

Qualquer militar das Forças Armadas, Polícia Militar ou Corpo de Bombeiros pode ser chamado — seja como investigado ou apenas como testemunha. Ou seja, mesmo que você só tenha presenciado algo ou tenha sido citado por terceiros, pode receber uma convocação.

Primeiro passo: leia com atenção a notificação. Veja se você foi chamado como testemunha ou investigado — isso muda totalmente a abordagem. Segundo passo: procure um advogado especializado em Direito Militar o quanto antes. Ele vai te orientar desde o primeiro depoimento até o desfecho do caso.

Aqui vão os pontos mais importantes pra você não vacilar:

  1. Contrate um advogado especializado em Direito Militar Não tente resolver isso por conta própria. O Direito Militar tem regras específicas e exige alguém que entenda do assunto.
  2. Cuidado com o que fala Durante o depoimento, fale só o necessário. Nada de tentar se justificar demais ou inventar informação. Tudo será documentado e poderá ser usado mais adiante.
  3. Organize provas, se houver Tem prints, vídeos, testemunhas a seu favor? Reúna tudo. Qualquer detalhe pode fazer diferença na hora da defesa.
  4. Mantenha o controle emocional Essa fase pode gerar ansiedade e medo, principalmente se você estiver no início da carreira. Se estiver muito abalado, vale buscar apoio psicológico. Isso não é fraqueza — é estratégia.
Tabela prática – O que fazer em cada etapa do IPM
EtapaO que fazer
Ao receber a notificaçãoIdentificar se foi chamado como testemunha ou investigado
Antes do depoimentoBuscar um advogado especializado
Durante o depoimentoSer objetivo, claro e cauteloso com as palavras
Depois do depoimentoReunir provas, manter contato com o advogado
Saúde emocionalProcurar apoio, se necessário
Dúvidas frequentes (FAQ)
  1. Posso ser preso durante o IPM? Pode, mas é raro. Só acontece em situações graves e com decisão judicial. Em geral, o investigado responde em liberdade.
  2. É obrigatório comparecer ao depoimento? Se for testemunha, sim. Se for investigado, pode exercer o direito ao silêncio — o advogado vai orientar sobre isso.
  3. O que acontece depois do IPM? O oficial decide se arquiva ou envia o caso à Justiça Militar. Se for para a Justiça, começa o processo formal.
  4. O advogado pode acompanhar tudo? Sim, inclusive durante os depoimentos. E isso é essencial para garantir seus direitos.
  5. Estar respondendo a um IPM afeta a carreira? Pode afetar. Mesmo sem condenação, o simples fato de estar sendo investigado pode trazer impactos. Por isso, a defesa deve ser estratégica e bem conduzida.
Ser chamado para um IPM não é o fim do mundo — mas também não é algo para ser ignorado. É uma situação séria que exige postura, clareza e acompanhamento profissional desde o início. Com orientação jurídica adequada e preparo emocional, é possível passar por isso com dignidade, proteger sua carreira e garantir que seus direitos sejam respeitados. Foco, estratégia e calma. Essa é a fórmula para passar por um IPM com firmeza.
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